A
Transparência Brasil é uma organização independente e autônoma, fundada
em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não
governamentais comprometidos com o combate à corrupção. É filiada a
Transparência Internacional, que pesquisou cento e oitenta países e
concluiu que o Brasil ocupa a 75ª posição entre os países mais corruptos
do mundo. No caso, o Brasil é mais corrupto que o Butão, Botsuana e
Gana.
Observe leitor o nível de degradação a que chegamos. Nossos
problemas pontuais, entre outros, são: exagerados gastos públicos,
empreguismo público, necessidade de um federalismo efetivo, voto
distrital, reforma tributária (nossa carga tributária em alguns produtos
chega a mais de 40%), reforma no código penal, reforma política e
infraestrutura, principalmente boas estradas.
É convicção da maioria do povo brasileiro que precisamos mudar e
avançar no campo democrático. Nosso problema jurídico e as perguntas que
somos obrigados a fazer são: A representatividade política brasileira é
confiável? Os governantes e os parlamentares visam o bem–estar da nossa
coletividade? Seus comportamentos poderão se constituir em problema
para a governabilidade do país no futuro? A resposta é dada pela atuação
deles no dia-a-dia de suas atividades. Os nossos governantes e
parlamentares ganham subsídios e/ou remunerações extraordinárias, não
são confiáveis e não visam o bem da nossa coletividade. Seus
comportamentos se constituirão em grave problema para a governabilidade
do pais no futuro. Nossa frágil democracia esta correndo sério risco de
ruptura. O Governo Federal transformou o Executivo da nação numa
modalidade de Governo de barganhas (o Governo cooptou a maioria dos
parlamentares da Câmara Federal) no denominado presidencialismo de
coalizão, onde a maioria dos partidos aderiu ao Governo. Desvirtuaram as
funções do Legislativo, cuja principal função é fazer Leis e Fiscalizar
o Poder Executivo. Passaram os Deputados a apresentar Emendas
Parlamentares no orçamento da nação e canalizá-las para seus redutos
eleitorais, agradando o Governo e alguns do povo, desconhecedores da
verdadeira função constitucional do parlamento brasileiro. Esse
comportamento aos poucos vai provocando a morte lenta da nossa frágil
democracia. Esse comportamento dos governantes e parlamentares é uma
doença crônica, que aos poucos vai matando as esperanças do povo, num
fatal abismo ente as expectativas da população em relação ao que se
espera dos políticos, sejam eles governantes ou parlamentares. Assim
nossa frágil democracia aos poucos vai se tornando vulnerável. Tenho a convicção que corremos sério risco de ruptura quanto à forma de governo.
Pelos atuais acontecimentos se conclui que o povo já não está
satisfeito com apenas o PÃO e o CIRCO oferecidos pelos sociólogos de
plantão no Planalto Central. No caso do Brasil, o PÃO é representado
pelos programas sociais (bolsas, cotas, etc.) e o CIRCO é representado
principalmente pela mídia televisiva, diga-se de passagem, de baixa
qualidade e desagregadora da família brasileira e pelos modernos
estádios de futebol. Como se constata na atual Copa das Federações,
esses estádios são inacessíveis à maioria do povo. Estamos no século XXI
e os exemplos da velha e encardida Roma já não servem para o povo
brasileiro dos dias atuais. Lá os governantes e o Senado da República
decretavam feriados, distribuíam trigo, promoviam festas monumentais nos
estádios, tipo o velho Coliseu, testemunha histórico dos tempos de
terror. Promoviam lutas mortais entre gladiadores, homens contra feras,
corridas de bigas e simulação de batalhas navais. Nessas arenas corria o
sangue de inocentes, a maioria opositora do regime déspota da época. O
povo inebriado pelos espetáculos manifestava-se em delírio em tamanha
loucura. Mas voltando ao Brasil, nossos antepassados fugiram de outros
continentes com o objetivo de aqui construir uma vida digna. Mas o que
se observa nos dias de hoje nas principais capitais do país é uma onda
de insatisfação e protestos realizados por uma maioria ordeira. No meio
deles uma minoria de depredadores agredindo policiais e quebrando tudo o
que encontram pela frente, principalmente próprios públicos. Seus
líderes não aparecem para dialogar e reivindicar. Não dizem por que
estão agindo assim. Também se observa alguns governantes se manifestando
na mídia nacional pedindo para a polícia não agir com rigor contra os
desordeiros. Devendo tratá-los como cidadãos de bem. A criminalidade no
país atualmente é algo assustador. Bandidos roubam e matam cidadãos de
bem com a maior naturalidade. A policia, por recomendação do governo,
tem que agir com carinho com os bandidos sob pena de ser ela a vilã da
história. Aliás, se numa manifestação pública um bandido desses investir
contra um policial, o mesmo não deverá reagir, se o fizer sofrerá um
inquérito administrativo e/ou penal militar e será responsabilizado
criminalmente. Com este governo, certamente o policial será exonerado da
corporação. Enquanto isso o bandido continuará solto, pois para ele
vigora “OS DIREITOS HUMANOS”. A que ponto a coisa chegou. Ao que
parece, algo muito grave esta ocorrendo. Tudo indica que é a preparação
para algo muito pior. Quem são essas pessoas? Quais são seus objetivos? O
que pretendem eles agindo assim? A nossa democracia ainda é frágil.
Muito precisamos fazer para aperfeiçoá-la. Mas não é com violência e com
vandalismo que vamos mudar. A nossa democracia foi conquistada com
muito sofrimento, não podemos perdê-la por motivação de aventureiros e
irresponsáveis.
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